Mãe de três filhos, a atriz fala sobre a sua relação com eles e como aceitou a imperfeição.
“Ser imperfeitamente perfeita é uma redenção”. Hoje, a atriz e mãe de três filhos Giovanna Antonelli sabe que a perfeição materna nunca foi uma obrigação — muito menos uma meta. Mas a resolução disso não é um caminho fácil para todas as mulheres. Provavelmente, você já ouviu o ditado popular de que “ser mãe é padecer no paraíso”, certo? Mas a verdade é que essa frase carrega um fantasma que assombra muito as mães, principalmente as de primeira viagem: a ideia de que mãe sofre, mas, ainda assim, a maternidade é o melhor lugar do mundo.
Todo esse estigma em torno da maternidade gera culpa, insegurança e angústia em mulheres que não conseguem dar conta do que acreditam ser a sua principal responsabilidade: ser mãe. Como, então, lidar com essa culpa materna e a busca incessante pela perfeição?
Nas próximas linhas, você vai entender um pouco mais sobre esse assunto e como a atriz Giovanna Antonelli conseguiu driblar os padrões maternos. Confira!
Aproveite para ver também a nova campanha de Dia das Mães da Reserva com a participação da atriz Giovanna Antonelli e outras mães!
Perfeição materna x maternidade real
Em outros tempos, a renúncia a si própria em todos os âmbitos, como o social e o profissional, pelos filhos era o esperado e o natural, atualmente, a conciliação de todas as esferas com inabalável excelência se tornou o mínimo. Além disso, a internet trouxe consigo inúmeros perfis em redes sociais que aceleram ainda mais essa busca utópica pela perfeição.
Por outro lado, cresce o número de perfis em redes sociais, inclusive de marcas, que levantam a bola sobre a maternidade real. A expressão que ganhou força nos últimos anos faz menção às mães que nem sempre dão conta, que se cansam, que se aborrecem, que vivem suas vidas. E esse movimento faz com que os padrões, aos poucos, desapareçam.
“A melhor onda que vivemos hoje é poder educar sem seguir um padrão. As famílias não seguem mais padrões. Hoje cada estrutura familiar sabe guiar da melhor forma suas histórias e suas crias”, opina Giovanna.
Dá para ser mãe suficientemente boa?
Donald Winnicott, psicanalista e pediatra britânico, por volta dos anos 1950 — quando ainda não havia calorosos debates quanto aos papéis a serem exercidos por cada gênero — deu origem à expressão “mãe suficientemente boa”. Nesse contexto, resumidamente, o termo descrevia o processo pelo qual, de modo natural, a mãe deixava de ser altamente responsiva às demandas dos filhos à medida que eles cresciam.
Ou seja, trata-se, nos dias de hoje, do que compreendemos como um equilíbrio entre dar a atenção necessária, mas, em simultâneo, promover a independência e permitir que as crianças, pouco a pouco, aprendem a lidar com as próprias frustrações. Nesse sentido, inclusive, Giovanna, que se autodescreve “completamente louca de amor”, destaca:
“Quero proteger de todo arranhão, mas também dar autonomia para que cada um siga o seu caminho e a sua intuição. Com eles pratico o exercício da escuta, da paciência e aprendo muito todos os dias”.
É a mãe que, vez ou outra, colocará um vídeo no celular para tomar um banho em silêncio, servirá um lanche no lugar do jantar e, de repente, soltará um grito — quase involuntariamente — em um momento de estresse.
Se colocar em primeiro lugar também faz parte do “ser mãe”
Diferentemente do que é pregado por aí, dar prioridade à sua saúde mental e ao seu bem-estar não fazem de você alguém egoísta. Inclusive, vale também destacar que não conduzir de modo solitário esse processo — abrindo espaço para a participação de outras pessoas, a exemplo da própria figura paterna — não é “abandonar” o seu pequeno com outros cuidadores, mas, sim, ter sabedoria não somente para escolher as suas batalhas, mas também para reconhecer quando se está fraca demais para lutar. Acredite: pessoas felizes serão pais mais felizes.
“É uma libertação se livrar de toda e qualquer culpa que aprendemos e que fomos treinados a ter durante gerações. Ser imperfeitamente perfeita é uma redenção! Às vezes, nosso 100% do dia é só 30 e ‘tá tudo certo’. Acho que, quando temos amor para dar e compartilhar, o resto vai fluindo na sutileza”, reflete Giovanna.
Afinal, se até nas turbulências em voo, em caso de despressurização, você deve colocar a máscara de oxigênio primeiramente em você para, posteriormente, ter condições de salvar o seu filho — fazendo uma breve analogia —, quando as agitações surgem no dia a dia, é fundamental que você esteja a salvo para proteger o seu bem maior.
E então? Este conteúdo sobre os padrões maternos e acerca da necessidade de driblá-los foi útil? Pois aproveite a visita ao nosso blog e compartilhe este post nas suas redes sociais. Certamente, há mamães precisando desse mesmo conforto tanto quanto você!
Antes de você ir embora, que tal conferir o guia de presentes da Reserva para o Dia das Mães? Nós temos certeza que você vai achar o presente perfeito!