A publicitária Adriana Omena já fez de tudo um pouco em seus oito anos de Reserva – inclusive o papel de publicitária, comandando uma agência interna da marca.
– A gente já estava ficando grande, e eu tocava a turma, éramos eu e mais nove pessoas fazendo Reserva, Eva, Mini, mais uma revista semestral e mais toda a parte de estampa de camiseta e boardshort. Era a agência Reserva – lembra.
Trabalhar com diversos clientes já era algo familiar a Omena, que havia passado anteriormente por agências que atendiam marcas relevantes como Glaxo, Oi, Cisper, Embratel, Telemar, Coca-Cola, Cultura Inglesa e Sul América. Um belo dia, porém, sentiu necessidade de “dar um eject”, e passou dez meses longe da empresa.

A Reserva sempre foi uma marca que fala, fala, fala, e eu preciso fazer com que a gente seja o núcleo que escuta mais que fala
– Volta e meia o Rony aparecia dizendo: “acabou a palhaçada? Tá na hora de voltar!”. Um dia fui almoçar com ele e na semana seguinte estava aqui novamente – diz.
Desta vez, a convocação foi não mais para falar em nome da marca, e sim para colaborar, literalmente. Criou a Reserva+, núcleo de desenvolvimento de produtos em parceria com outras marcas, que tem o desafio de lançar uma colabe por mês. Até aqui, foram feitas composições com Heinz, NBA, New Balance (que ela veste na foto ao lado), Amazon, Johnnie Walker, Felix e Peanuts, Fila, Umbro e Lee, entre outros – este mês, a parada é com a Selvvva. Um novo aprendizado para Omena.
– A Reserva+ é muito mais jovem, está tentando falar com um moleque de 15 anos. Tá sendo uma experiência e tanto, é uma coisa completamente diferente pra mim. É um negócio interessante porque você tem que abrir a escuta, muito mais do que falar, por isso mesmo, a Reserva + tem uma neutralidade de cara, o simbolo é “+” – avalia. – A Reserva sempre foi uma marca que fala, fala, fala, e eu preciso fazer com que a gente seja o núcleo que escuta mais que fala – diz (a propósito: o próprio 2min também é um canal de escuta).
Um senhor desafio, sem dúvida – mais um para Omena, nascida no Rio mas criada em Cabo Frio (“era uma roça mesmo, eu saí de lá em 1995 e minha rua não era nem calçada”). Ao voltar à capital para estudar, levou um “choque de realidade gigantesco”, mas se adaptou:
– Tudo era diferente, desde os prédios com elevador até ver mendigo na rua pedindo esmola, eu não sabia o que era isso.
Dos tempos de Região dos Lagos, Omena traz outra recordação que a inspira para uma próxima colabe: as filas na porta da multimarcas que vendia produtos da Company, extinta marca de surfwear que marcou os anos 80.
– É uma marca com a qual eu me conecto emocionalmente – diz.
Mal podemos esperar.