Para Mayara Siqueira Ramos, assintomática, vencer o Covid-19 não foi difícil. Dureza mesmo foi superar a quarentena longe da praia – ela ama o Leme e a Prainha, dois extremos geográficos – e dos amigos reunidos na Mureta da Urca.
E, claro, o temor de que sua doença tivesse maiores consequências ao infectar seu pai, sua mãe e sua avó.
– O quadro mais difícil foi o do meu pai, mas ficamos preocupados com minha avó, por ser mais velha. Mas ela só teve uma dor abdominal, que não desconfiaríamos que era Covid sem o teste – diz.
Não significa que a doença foi algo pouco valorizada. Ao contrário: Mayara agradece a seus amigos, pela força recebida.
– Foram muito importantes para manter a cabeça no lugar. Quando você recebe a notícia, parece que todo mundo vai morrer, bate um desespero, minhas três bases doentes – lembra.
Workaholic, a vendedora da Reserva no Norte Shopping ficou o período sem trabalhar, o que também foi difícil. Some-se a isso o período – longo – sem aulas de Produção Cultural na UFF. As aulas remotas só voltaram em setembro. Nada disso a desanimou, nem tirou o sorriso de seu rosto – que ela compartilha nesta campanha de Natal.
– Sou uma pessoa pé no chão, realista. É isso o que temos? Vamos encarar – diz.